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Baleia-franca com pedaço de rede preso à cabeça é avistada em Florianópolis

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No mês considerado o auge da temporada das ‘visitas’ das baleias-francas ao litoral brasileiro, principalmente em Santa Catarina, uma delas, acompanhada de filhote, foi registrada na praia da Campeche, em Florianópolis (SC), com a presença de um pedaço de rede preso à cabeça. A equipe do ProFRANCA/Instituto Australis, que conta com patrocínio Petrobras, recebeu as imagens por meio de drone operado pelo profissional Michel Bruggeman.

Foi possível observar que o animal tinha um pano de rede na cabeça e duas boias de isopor penduradas. Apesar do ocorrido, a baleia não apresenta ferimentos e suas atividades – como deslocamento e amamentação do filhote – não estão comprometidas. O par já havia sido registrado um dia antes, pela Associação R3 Animal, e informado ao Protocolo de Encalhes e Enredamentos de Baleias da APA da Baleia Franca (ICMBio/MMA), que atua neste tipo de situação.

“Em casos como estenão é considerado qualquer procedimento para a retirada da rede, que tende a se desprender do animal, conforme já constatado em outras ocasiões. Além disso, o procedimento de retirada é arriscado, e somente necessário se a saúde do mamífero estiver comprometida”, afirma Karina Groch, diretora de pesquisa do ProFRANCA, que completa: “Somos gratos pelas informações que chegam à nossa equipe e demais instituições que prezam pelo bem-estar animal para que possamos realizar o melhor procedimento”.

Protocolo de Encalhes e Enredamentos da APA da Baleia Franca

A coordenação do protocolo é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Polícia Militar Ambiental. Instituições que atuam em parceria.

Baleias-francas

Elas migram anualmente entre áreas de alimentação e reprodução. De julho a novembro vêm ao litoral brasileiro para acasalar e procriar. O pico de ocorrência é em setembro, sendo os últimos indivíduos avistados em novembro. A principal área de ocorrência da espécie é no litoral centro-sul de Santa Catarina. Porém, não raro há a presença em outras regiões, fruto do trabalho de conservação da espécie.

O ProFRANCA – Projeto Franca Austral – é realizado pelo Instituto Australis e conta com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Abaixo, dicas essenciais do Protocolo de Encalhes e Enredamentos de Mamíferos Marinhos da APA da Baleia-Franca:

Como ajudar?

– Entre em contato com as instituições responsáveis

Em caso de enredamentos:

– Não tente remover a rede

– Registre o local da ocorrência

– Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso, para que possa ser avaliado.

Em caso de animais vivos encalhados na praia:

– Não tente devolver o animal para a água, pois pode ser perigoso devido ao tamanho e peso do animal.

– Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados

– Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso.

– Colabore com a sensibilização e a conscientização da comunidade

Proteja a sua saúde:

– Os animais encalhados podem transmitir doenças aos seres humanos.

– Evite respirar o ar expirado pelos animais.

– Não se aproxime da cauda. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e causar ferimentos.

SERVIÇO

APA da Baleia Franca/ICMBio: (48) 3255-6710 / 99170-5077

IBAMA/SC: (48) 3212-3368 ou 3212-3356

Instituto Australis: (48) 3255-0634/ 9-9919-4400

Associação R3 Animal: (48) 3018-2316

Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC (Criciúma): (48) 3431-2573

Laboratorio de Zoologia/PMP – UDESC: (48) 9-9696-6025

Polícia Militar Ambiental: Laguna:(48) 3647-7880/ Maciambú: (48) 3286-1381/ Florianópolis: (48) 3665-4770/ Rio Vermelho: (48) 3665-4487 / Maracajá: (48) 3529-0187

Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS): (0800) 642-3341

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